Alterações climáticas, renováveis, combustíveis fósseis, painéis solares… são termos cada vez mais presentes no léxico do quotidiano, nas notícias, nas escolas e em conversas de café. A consciencialização ambiental é cada vez menos uma escolha e ficar de fora torna-se quase impossível.
Nesse sentido, desde o dia 5 de junho de 1973 que a ONU (Organização das Nações Unidas) celebra o Dia Mundial do Meio Ambiente, que se tornou numa plataforma global para a sensibilização ambiental. A iniciativa mobiliza milhões de pessoas, que participam com governos, empresas, cidades e organizações comunitárias.
Para assinalar o 50º aniversário da efeméride, a ONU escolheu como tema para 2023 a poluição plástica, e o anfitrião deste ano é a Costa do Marfim, em parceria com os Países Baixos.
Da poluição à solução
Sabe o que têm em comum o ponto mais profundo do oceano, as Fossas Marianas, e o pico de montanha mais alto do mundo, o Monte Evereste? Segundo a ONU, apesar de estarem entre os ecossistemas mais remotos e inacessíveis do planeta, ambos possuem pequenos pedaços de plástico provenientes de atividades humanas a quilómetros de distância.
A proliferação do plástico, e a sua crescente presença em todos os cantos do mundo, acentuou-se nos últimos 70 anos. E, segundo a organização, as 11 milhões de toneladas de plástico que hoje chegam ao oceano anualmente deverão triplicar nos próximos vinte anos.
Esta tendência representa uma ameaça para diversas espécies marinhas, nomeadamente as tartarugas, que confundem sacos e embalagens de plástico com comida – algo que também acontece com várias aves marinhas e baleias.
Por extensão, a humanidade também se encontra seriamente ameaçada, uma vez que microplásticos foram encontrados no interior de pulmões, fígados, baços e rins humanos. Um estudo chegou mesmo a detetar microplásticos em placentas de recém-nascidos.
Como tal, urge adaptar hábitos e estilos de vida, e promover políticas públicas de maior sensibilização para a causa da poluição plástica. Comece por pensar pequeno e refletir quando der por si a comprar mais um saco: precisa mesmo dele?